Umberto Eco: "O vazio não está sendo, mas não não pode ser, Ergo o vaz...

"O vazio não está sendo, mas não não pode ser, Ergo o vazio não pode ser. O raciocínio era o som, porque negou o vazio enquanto concedeu que poderia ser concebido. Na verdade, podemos facilmente conceber coisas que não existem. Pode uma quimera, zumbindo no vazio, devorar segundas intenções? Não, porque as quimeras não existem, no vazio, nenhum zumbido pode ser ouvido, e as intenções são coisas mentais - uma pera pretendida não nos nutrem. E ainda posso pensar em uma quimera, mesmo que seja chimérica, ou seja, se não for. E o mesmo com o vazio."

--- Umberto Eco

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Versão em inglês

The Void is not being, but not being cannot be, ergo the Void cannot be. The reasoning was sound, because it denied the Void while granting that it could be conceived. In fact, we can quite easily conceive things that do not exist. Can a chimera, buzzing in the Void, devour second intentions? No, because chimeras do not exist, in the Void no buzzing can be heard, and intentions are mental things - an intended pear does not nourish us. And yet I can think of a chimera even if it is chimerical, namely, if it is not. And the same with the Void.