Michael Cunningham: "Talvez não seja, no final, as virtudes de Outros...

"Talvez não seja, no final, as virtudes de Outros que então abrangem nossos corações, pois é a sensação de reconhecimento quase insuportável quando os vemos em sua maioria, em sua tristeza e glutonaria e loucura. Você precisa das virtudes, também - algum tipo de virtudes - mas não nos importamos com Emma Boviary ou Anna Karenina ou Raskolnikov porque eles são bons. Nós nos preocupamos com eles porque eles não são admiráveis, porque são nós, e porque grandes escritores os perdoaram por isso."

--- Michael Cunningham

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Versão em inglês

Maybe it’s not, in the end, the virtues of others that so wrenches our hearts as it is the sense of almost unbearably poignant recognition when we see them at their most base, in their sorrow and gluttony and foolishness. You need the virtues, too—some sort of virtues—but we don’t care about Emma Bovary or Anna Karenina or Raskolnikov because they’re good. We care about them because they’re not admirable, because they’re us, and because great writers have forgiven them for it.